quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O INFORTÚNIO DO POETA

O Infortúnio do poeta
(reflexões do exílio)

O que te faz assim, ignorante, que não percebeu antes o mal que causaria à tua amada? Tão contraditório e inapto para lidar com as pessoas mais importantes de tua vida! Talentoso com as letras e desastrado no trato com os que mais importam para ti.

Não percebes que somos feitos de sentimentos, opções e conseqüências de nossos atos? Teu destino está cruzado ao de outras pessoas e, indubitavelmente, não podes andar sozinho ou suscetível aos falsos prazeres, mistérios dos mares e desventuras da vida.

Fizeste uma escolha que, felizmente, te acompanhará para o resto da vida e dela te orgulharás para sempre, por muitas gerações, ainda que não estejas mais entre elas. Desta escolha, frutos advirão e semearão a terra em que habitas, perpetuando seus sobrenomes e guardando vossas memórias em seus corações.

Mas, e agora, diante de teus atos, o que te espera, pobre rapaz?

Só te resta a esperança de não teres partido o último cristal que resistia como suporte deste amor sublime, maior do que os prazeres efêmeros e fraquezas desta vida de homem.

Aprenda com teus erros, tire-os como uma lição. Mas, saiba que, embora eles sejam degraus numa escada de aprendizado e maturidade, podem representar grave risco de queda fatal, que talvez tenha conseqüências irreparáveis para ti e aqueles ao teu redor.

Espero que, desta vez, não tenhas caído num desses possíveis degraus fatais, pois assim ainda poderemos estar juntos em novos textos, poemas, escritos e leituras que contribuam para teu processo de amadurecimento como homem.

Boa sorte, jovem poeta!

Vá agora e faça o que deve ser feito. Talvez ainda haja tempo para isso.....

RJ, 08/08/2013


Marllon Uaki Furtado

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