(reflexões do exílio)
O que te faz assim,
ignorante, que não percebeu antes o mal que causaria à tua amada? Tão
contraditório e inapto para lidar com as pessoas mais importantes de tua vida! Talentoso
com as letras e desastrado no trato com os que mais importam para ti.
Não
percebes que somos feitos de sentimentos, opções e conseqüências de nossos
atos? Teu
destino está cruzado ao de outras pessoas e, indubitavelmente, não podes andar
sozinho ou suscetível aos falsos prazeres, mistérios dos mares e desventuras da
vida.
Fizeste
uma escolha que, felizmente, te acompanhará para o resto da vida e dela te
orgulharás para sempre, por muitas gerações, ainda que não estejas mais entre
elas. Desta
escolha, frutos advirão e semearão a terra em que habitas, perpetuando seus
sobrenomes e guardando vossas memórias em seus corações.
Mas,
e agora, diante de teus atos, o que te espera, pobre rapaz?
Só
te resta a esperança de não teres partido o último cristal que resistia como
suporte deste amor sublime, maior do que os prazeres efêmeros e fraquezas desta
vida de homem.
Aprenda
com teus erros, tire-os como uma lição. Mas, saiba que, embora eles sejam
degraus numa escada de aprendizado e maturidade, podem representar grave risco
de queda fatal, que talvez tenha conseqüências irreparáveis para ti e aqueles
ao teu redor.
Espero
que, desta vez, não tenhas caído num desses possíveis degraus fatais, pois
assim ainda poderemos estar juntos em novos textos, poemas, escritos e leituras
que contribuam para teu processo de amadurecimento como homem.
Boa
sorte, jovem poeta!
Vá
agora e faça o que deve ser feito. Talvez ainda haja tempo para isso.....
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