Sabedoria Quintana
O
sujeito homem esperto
Não
procura entender
Se
errado ou se tá certo
O
que acaba de escrever
Não
se enquadra em receita
Desconhece
seu rigor
Não
prescreve, só aceita
Seja
bom ou o que for
Desse
jeito então se faz
Sem
ter norma, retidão
Busca
só o que lhe apraz
Sem
certeza, mas paixão
Quem
escreve e conceitua
Está
querendo explicar
Se
ela é minha, se ela é tua
Deixe
apenas ela entrar
Talvez,
diria o Quintana
Não
me peça explicação
Se
me ilude, se me engana
Pouco
importa ter razão
A
poesia não se entrega
A
quem a queira definir
Pois
então vê se enxerga
Só
o prazer de lhe exibir
E
assim eu vou fazendo
Escrevendo
sem parar
Não
repare você lendo
É coincidência
isso rimar
Pelo direito de não explicar o
inexplicável.
Marllon Uaki Furtado