Sou da turma da Unirio,
Do curso de Pedagogia
Que pra nossa alegria
Ganhou novo professor.
É de Língua Portuguesa
E também Literatura
E com sua desenvoltura,
Seus alunos conquistou.
Ele não é de tão longe
Daqui mesmo do Sudeste.
Mas, foi logo posto a teste
Da querência popular.
Em sua terra, falam TEATRO
Pra ele, porta é “póirta”
Mas, pra gente não importa
Sua maneira de falar.
O mestre é gente boa
E até meio engraçado.
Com seu jeito debochado,
Logo logo avisou:
“Sou da terra do trabalho
E, portanto, pontual”.
E com isso o pessoal
Ainda não se acostumou
Lá, horário é sério
E tem grande relevância.
Mas, pra gente é a tolerância
O que mais vamos gastar.
Trabalho tem sempre prazo,
Não se atreva a esquecer.
Mas, se um dia acontecer,
Vá com o mestre falar.
Nunca perca suas aulas
Porque vais se arrepender.
E se queres aprender,
Ouça o que vou falar:
Você deve chegar cedo,
Às dezoito já estar lá.
E não se atreva a atender
O bendito celular
Certamente gostarás,
Sua aula é irreverente.
Com seu jeito diferente
Você vai se acostumar.
A ele lhe falta algo
Que pode até constrangê-lo.
Mas, não é por falta de cabelo
Que deixaremos de gostar
Paulista é mesmo diferente
No começo, sempre estranha
Mas, logo pega a manha
Da maneira aqui de viver
Pra nós, atraso é normal
Prazo tem sempre chance
E o que mais estiver ao alcance
Sempre se pode fazer
Vou encerrando meus versos
Por mera questão de rima
Pois, se a letra não combina
Vou parecer distraído
Mas, antes vou lhe dizer
Mestre, muito obrigado
Por assim ter despertado
Um poeta adormecido.
Ao professor Alberto Roiphe, em 12/2009.
Marllon Uaki Furtado
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